sábado, 21 de fevereiro de 2009

Mas porquê Dança Oriental?

Artwork © Kelly Hawes - http://www.kellyhawes.com/
Para responder a esta pergunta, podemos debruçarmos sobre os seus inúmeros benefícios físicos, que vão desde o fortalecimento da musculatura á redução dos sintomas das cólicas, ou então complementarmos com a percepção dos seus contributos a nível psicológico.
Segundo Betteleheim, 1952, considerando que o contacto, neste caso de dança oriental, causou um grande impacto na vida dos seus praticantes, a integração do mesmo provoca alterações a nível de atitude, e sentimentos sobre eles mesmos e a vida.
Esta mudança comportamental, advém de um acto de extrema coragem, pois só os corajosos mergulham num mundo de ritmos e movimentos desconhecidos, onde enfrentam e testam os seus próprios limites.
Mas... deixem-me reformular... os movimentos que utilizamos na dança oriental não são realmente desconhecidos, pois quem pratica refere sempre a naturalidade com que eles emergem do nosso corpo adormecido e fechado.
A rigidez do corpo poderá ter origem na sociedade em que vivemos, que nos incute que os parâmetros de aceitação e de beleza são exclusivamente de um corpo saudável, magro e jovem.
Acredito pessoalmente que a dança oriental no ocidente procura uma nova visão de estética, o da mulher bela, independemente da sua idade e forma física.
Além disso, a convivência despreocupada de mulheres com diferentes experiências e formas de vida, ensinam-nos a cada dia valiosas lições, pois na dança oriental, os corpos que dançam contam a sua própria história, e é necessário por vezes parar para perceber qual ela é, como refere o artigo de Tempest, "the Age of StoryTelling".

Nota: Dedicado á Iris, e a todas as mulheres maravilhosas das turmas de iniciado e intermédio/avançado do CDO de Algés e também ás que cruzam no meu caminho para aprendizagem da dança sagrada.

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